14 de ago. de 2008

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Hoje eu senti um gosto amargo na minha boca, um gosto tão amargo que nem o doce das lágrimas consegue conter. Esse amargo se chama frustração, e sinceramente eu espero que eu não tenha descrito tão bem a ponto de você senti-lo, porque ele é podre, e rouba um pedaço de você. O melhor pedaço de você, aquele que só as vezes você sente e se chama felicidade.
A minha foi embora na mais rápida olhada pro espelho. Assim pude degustar o sabor da frustração na minha própria boca, me corroendo pouco a pouco. É como um veneno, dos quais eu nunca tive o desprazer de provar. Ele corre pelas minhas entranhas, pelas minhas veias, passa pela minha pele e está em minhas lágrimas.
Queria que a frustração fosse embora, queria que ela me deixasse. Só que isso parece tão difícil. É tão difícil. Já fiz tudo o que eu poderia, já lutei até o final, já joguei todas as minhas cartas. Ela continua grudada em mim.
Me largue, me deixe ir.
Mas vontade e frustração são aliadas. Você não consegue se livrar dela, enquanto a vontade ainda não está morta. A minha está viva, e seu doce sabor alimenta a amargura da outra. É assim que eu me sinto hoje, e sentirei enquanto... não queria acreditar que pra sempre será.