30 de set. de 2008

nove de outubro

Nove de outubro me mata. Me mata saber que tudo está tão perto, e tão longe. Tão perto dos outros. E de mim? E de mim? Nessas horas eu xingo Deus, tenho certeza que ele me ouve. Ele houve meus murmurios e não faz nada pra me salvar. Me deixa pobre, esperando por recompensas que há anos se acumulam.
Jesus, será que é muito pedir pro senhor me deixar ver os meus idolos? Senhor, será que é muito você me deixar realizar o meu sonho? Deus, eu não me esforcei tanto assim?
As coisas soam tão injustas quando a gente batalha e não consegue o que quer. Meus ouvidos doem, meus olhos choram. Não posso me conformar. Qual é o preço que eu tenho que me pagar que o Senhor não me diz?
O que as pessoas que conseguem têm que eu não tenho? Seria eu mais abençoada, tão abençoada por tudo que me cerca que não posso ganhar mais um presente do onipotente? Ou seriam elas mais abençoadas que eu? Eu não luto tanto assim, apesar de fazer o que está ao meu alcance? Amam elas mais? Isso tenho certeza que não.
Deixo duas hipoteses pendentes:
um; o senhor me odeia
dois; o senhor não sabe o que é amar

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