14 de nov. de 2008

pink time

"Eu queria mudar o mundo, mas acabava mudando a cor do meu cabelo com tinta
temporária. Rosa, azul, roxo, verde, laranja." Mayra Dias Gomes



Segundo minha mãe, eu mudo meu cabelo sempre que eu estou insatisfeita com algo. É assim mesmo, como nunca fui rebelde, quando eu caiu no tédio, e pinto o cabelo. Invento, corto, deixo crescer; tudo pra não ficar com a mesma cara. Acabou virando um vicio que não me faz mal. Meu cabelo pode cair, ele vai crescer de novo.
Comecei cedo, cinco anos e já estava loira. Com pelo menos uns oito, eu adorava sprays e papel crepom. Aos doze, eu descobri a tinta de verdade, aquela que não sai quando você lava. Era muito legal ter minhas duas mechas vermelhas, e elas nem mesmo atrapalhavam ninguém. Elas tentaram ser rosas e roxas, mas eu nem minhas cabeleleiras tínhamos conhecimento de cores fantasias pra ela ficarem legais. Tentei ter pontas vermelhas, mas elas não apareciam no meu cabelo castanho escuro. Voltei as mechas, mas daquela vez elas eram seis grossas pintadas de vermelho sangue. Não demorou muito até eu enjoar e passar um tonificante castanho pra esconde-las. O castanho foi desbotando e deu um efeito de castanho avermelhado legal, essa cor me deu o apelido de Castanha Avermelhada, ou só Cast igual a Quel me chama.
A minha antiga escola sempre foi contra muitas coisas, e uma delas era ter cabelo pintado. Ignorância de um mundo católico que não está tão séculos a frente assim da era medieval. Mas não foi a escola que me impediu de criar um novo cabelo pensado pra ser foda quando eu quisesse e discreto na escola. Pintei o cabelo de preto, repiquei pela primeira vez e deixei quatro mechas rosas estrategicamente pensadas: atrás da franja, na segunda camada de cabelo e atrás de cada orelha. Nunca tive um cabelo tão elogiado, fato. Eu quis deixá-las mais grossas, e fiz, conseqüentemente infernizada até a alma pelo coordenador. Já há mais de seis meses com esse cabelo, pintei tudo de preto.
Depois do preto, minha mãe não queria mais que eu mexesse no meu cabelo por um tempo. Eu estava inconstante e não ia parar até que meu cabelo caísse inteiro. Por um tempo ele ficou sem corte, quase natural. O preto desbotando, ele aos poucos ia recuperando o tom e crescendo cada vez mais. Numa tentativa que eu fiz de cortar minha própria franja, eu realmente cortei a franja! Eu que morria de medo de ter a franja curta e que só usava a franja no nariz, agora estava gostando da ideia. Se não gostasse também, ia ter que esperar crescer. Bom, já que eu não podia pintar, pelo menos a franja de novo eu teria.
Esse ano eu mudei pra um colégio mais liberal, umas cinquenta vezes mais no mínimo! As mechas loiras que apareciam por baixo da tinta preta desbotada me tentavam a pintar mais uma vez. A batalha começou pra convencer minha mãe, e por fim, em Outubro eu consegui. descolori a parte de baixo do cabelo e repiquei, sem medo de ser feliz. Queria algo novo pra marcar que minha banda preferida vinha ao Brasil. Ok, não tem ligação o show do McFLY com o meu cabelo, mas era um pretexto, certo?
Quando eu disse que descolori a parte de baixo? Outubro? Sim, estamos em Novembro e já pintei de novo. Não deu nem tempo de eu colocar as fotos do meio loiro no orkut que já tenho outro, haha. Now I'm pink and fashion, kissescallme ;* Ah, e já acrescento: fazendo planos pra nova cor.

2 comentários:

Kia disse...

nossa meu sonho é ter cabelo rosa ... ou pelo menos algumas mexinhas ... + ñ tenho coragem .. sempre desisto ...
kisses

bê. disse...

quem me dera poder mexer tanto assim no cabelo.
queria uma franjinha, mas *cofcof*
deixa pra lá.
parece vermelho na foto ;P
beijos, maaaaaaay ;]