27 de out. de 2008

i wish you were there

sábado, 25 de outubro.
Parecia que não tinha mais sentido ficar em casa numa noite vazia, tediosa. As opções faltavam mas talvez o convite tenha sido a luz. Foi só vestir uma roupa e passar a maquiagem. Estava pronta para arriscar algumas gotas de álcool enquanto meu pai não estivesse olhando. A noite não era estrelada do jeito que eu gosto. Fazia calor e ventava, até que um clima bom (assumo que gosto mais de noites tempestuosas). Um bar na Faria Lima com cadeiras na calçada e gente bonita. Até parecia um lugar para me divertir.
Só que nem lá parecia longe o suficiente para eu te deixar para trás. Foi no primeiro gole de cerveja que você me veio a cabeça. Sua imagem sentado na cadeira da minha frente era um delírio meu, e eu não estava nem bêbada. Minha imaginação era o único jeito de te ter ali perto de mim. Pouco a pouco fui me traindo. Deixe-me inventar aquela mentira e me seduzir por ela. Eu te via ali, sorrindo, falando, me dando atenção. Eu te queria assim.
Nada me conformava que era mais uma das minhas ilusões. Mais uma. Mais uma. Mais uma.
Eu sou assim desde pequena. Sempre idealizando meus sonhos coloridos. Só que eles são de diamante, não se quebram, eu nunca entro na realidade. Por isso eu sempre estou com ele em pensamento, por isso que pra mim nós poderiamos dar certo, ser o casal perfeito. Eu já sonhei tudo, o casamento, os filhos, as brigas, até o final daquela noite.
Ele balancaria as chaves do carro e consultaria o relógio. Três e meia, hora de ir embora. Ele me me levaria até em casa, receoso de me deixar sozinha em um táxi. No carro conversariamos sobre infinitos assuntos. Música tocando, o carro deslizando pelas avenidas, o vento entrando pela janela entre-aberta. Todo o concreto de São Paulo poreceria vivo e alegre porque nós estavamos bem. Ele estacionaria na porta da minha casa e eu ficaria com medo de deixá-lo dirigir pelas ruas perigosas. Ele me acalmaria, sussurrando que tudo estava bem e que ele telefonaria assim que chegasse em casa. Aproxinariamos nossos rostos a pedido de toda a tensão amorosa. Nos beijariamos depois de almejar o toque a noite toda. Terminariamos o beijo envergonhados e com sabor de quero mais.
Seria cliche eu escrever "E eu acordei do meu sonho" depois disso, mas não. Eu continuo pensando nessa cena que não acontecerá. Continuo sonhando. Ridiculamente. Por quanto tempo eu conseguirei sustentar meu mundo onde nuvens são de algodão-doce?

2 comentários:

bê. disse...

omfg, vc escreve tão bem!

e bom, mantenho o que eu falei no último comentário: ficar nessa ansiedade é o melhor. quando você consegue não tem mais graça e ele não pode ser tão perfeito como a imagem que você criou.
mas, de vez em quando, faz bem sonhar.
as suas nuvens podem ser de algodão-doce, mas você tem que ter consciência que as chuvas, por mais finas (e bonitas que sejam), podem destruir o seu céu.
beijo ;*

Victória disse...

mayara, sempre sonhando. Se você não postasse um texto assim essa semana, eu estranharia! Apesar de você sonhar alto, você sabe muito bem juntar com a realidade. E o que seria de você, sem os seus sonhos? Eu gosto taaanto de você assim =DD

pede pra amy winehouse te emprestar a máquina de algodão-doce dela. só que vê se não vai ter drogas misturado, porque ela comprou a máquina pra isso mesmo! e porque da amy só pode esperar isso mesmo mf HUSAHASUIHSAIUH

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como você acertou que eu quero o daan, o pelicano? ainda eu o quero de i-wanna-be-a-big-dog :P
ASHSAUIHASUISAHUISAHUSAIHSUAIH
e você quer o lele, mas duviido que esse post foi pro lele! Vou contar pra ele que você anda traindo-o nos pensamentos u__u

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AAI COMO EU TE AMO!!
não mais que o daan, mais te amo x)
tá, mentira, você sabe que se você precisar de mim e o dan tb, eu vou sempre ver o que você precisa primeiro *-*

bjsss :**