the wrong boy, right for me

Desde que eu conheci o Lucas, eu sempre soube que ele não prestava. Com aquele jeito de galanteador barato ele não iria me convencer. Ai que eu estava enganada. Um dia, nós começamos a conversar e eu adorava fingir que não ligava enquanto ele tentava me conquistar. O problema foi ele me conquistar de verdade. Ele não era meu príncipe encantado nem de longe, mas eu, que sempre fui certinha estava gostando do errado.

Minha lógica me dizia para ficar longe, ele era um galinha incontestável, e nem em um milhão de anos ele ia deixar todas as outras de lado por minha causa. Minha defesa natural contra tudo isso foi continuar o jogo, só que sabendo que no fundo, eu nunca ia me deixar envolver com um menino desses.

O Lucas logo soube que mesmo parecendo que eu gostava dele, eu não estava disposta a coisa alguma. Ele ficou bravo, deve, no mínimo, ter me achado uma vadia. Pelo menos, eu tinha tomado a decisão certa para não me machucar nas mãos dele. Ou não, porque as coisas não saíram exatamente do jeito que eu planejei. A defesa foi falha, e eu que nunca fui uma boa zagueira, ficava horas pensando nele. Inegavelmente apaixonada. Nós ficamos um tempo sem nos falar, e ai a minha saudade de ter ele para conversar sobre assuntos banais só aumentou a minha vontade de tê-lo, de ser dele.

Quando as coisas voltaram ao normal entre a gente, eu já sabia que ele não ia deixar a antiga história passar em branco. Dessa vez ele decidiu que ia me iludir pelo o que eu fiz com ele e dessa vez eu estava disposta a ficar com ele sem pensar no dia de amanhã. Burra! Como eu pude me apaixonar por ele? Eu sabia que não dava para confiar nas cantadas do Lucas, eu conhecia o joguinho dele. Assim eu achava que não me machucaria tanto, minha defesa estava alerta a qualquer sinal de canalhice que o Lucas dessa. Porém, de qualquer jeito, eu sai disso bem fodida.

Mesmo ele sendo o menino errado, eu continuo a achar que é o certo para mim.