31 de dez. de 2008

2008

Não posso reclamar de 2008, ele foi bom comigo. Um ano de muitas alegrias, dias felizes, presentes, responsabilidades, mudanças, pessoas novas e eu simplesmente não consigo pensar em algo ruim pra encaixar aqui. Ele já começou com um gostinho diferente. Eu soube que minha vida ia mudar, mas nunca pensei que fosse me fazer tão bem assim.
Vamos a um remenber rápido/
Comecei o ano doente, o que depois de muitas idas e vindas do médico eu descobri que era um refluxo. Bomba! Achei que ia ter que ficar seguindo aquela dieta chata e tomando quilos de remédios pra sempre. Hoje, eu como tudo o que eu não poderia comer e não tenho mais os sintomas do refluxo e da gastrite, exceto quando eu fico ansiosa. Só tive que suportar a endoscopia (out, nem me lembre!) e aprender a engolir os comprimidos sem esmagá-los.
No primeiro mês do ano, eu também decidi que ia mudar de escola. E ia ser uma grande mudança! Pra quem estudava há oito anos na mesma escola, com as mesmas pessoas e mesmos professores, eu progredi um grande passo. De uma escola católica particular fui pra uma liberal e pública. Novos ares, novos amigos, novo jeito de ver a vida. Não que eu tenha mudado um absurdo, nem pra tanto. A minha essência é a mesma, só que agora é muito mais fácil encarar os problemas e adquirir responsabilidades. Eu conheci pessoas que não se preocupavam só "quem ficou com quem, quem beijou quem, quem gosta de quem", elas tem uma vida muito diferente da que eu via dentro de um colégio fechado. Elas são pessoas mais maduras, e assim eu acho que fiquei.
Essas novas pessoas marcaram muito meu ano. Fato. E pra destacar alguém em especial, vou destacar o Verdasca, meu professor de português. Vou lembrar dele com admiração pro resto da minha vida. Um ícone, um ídolo. Nunca vi tanta inteligência caber dentro de uma pessoa só. Eu, que já tinha uma grande paixão sendo cultivada por português, só aprendi a amar mais a língua durante as aulas dele. E, pra falar a verdade, a coisa que ele menos fala na aula dele é sobre português. Aprendi sobre o mundo e a magica da literatura em quatro aulas semanais. Se hoje eu pretendo fazer letras, é em grande parte por culpa dele.
Também conheci o Felippe, e nunca seria capaz de deixá-lo de lado de uma retrospectiva de 2008. Meu melhor amigo, meu bichinha preferido. Cada ruga de preocupação que ele me dá tem um valor e um sentimento. Com o Fefu eu também aprendi muitas coisas e vivi muitas outras. O principal foi aprender que quem ama se preocupa e faz de tudo pra ajudar o outro. Sempre lá pra um ombro amigo, mesmo que eu desaprovasse cada passo que ele dá. Já fiquei com raiva, já senti medo, já chorei, mas tudo porque o que eu menos quero nessa vida é perdê-lo. Ele me cativou tão rápido e de um jeito tão profundo... intenso. É isso que o Felippe é.
O Renan se tornou alguém especial pra mim também. Meu aspirante a piscicologo preferido. Não dá pra esconder quem você é dele, ele vai descobrir. Apesar de eu achar que não sou o tipo de garota de quem ele fica amigo, nossa amizade cresceu mais do que eu ou ele imaginaríamos no começo das aulas. Alguém em quem eu confio confissões e peço conselhos no meio das aulas. O cara que senta na cadeira da frente e está sempre lá pra conversar.
Ia demorar uma eternidade se fosse falar de cada um que entrou na minha vida em 2008. Claro que tem mais gente importante como o Julio, a My, a Hanna, os outros professores... Isso porque no geral, a mudança de escola foi muito importante para pequena fruta dentro de mim amadurecer (entenda como quiser -q). Lembrar dos dias engraçados como a última aula de educação física do ano, com todo mundo dentro do vestiário feminino, ou dos dias estressantes como o projeto, onde tudo parecia que ia dar errado... O primeiro dia de aula com direito a tinta e currículo do Tonhão, o discurso anti-salsichas da Marly, os trabalhos improvisados, as notas ruins, as gincanas vencidas e perdidas... Todas lembranças do meu primeiro ano naquela escola.
Mas quem anda pensando que eu abandonei as amigas antigas, está parcialmente enganado. Não deu pra ficar o tempo todo grudada com elas, cada uma de nós continuou sua vida. Na medida do possível a gente manteve contato e não temos uma amizade distante ou terrivelmente abalada. A Luw e a Vick continuam sendo minhas melhores amigas, não importa a escola, a distância, o tempo ou o que for. Com elas eu vou levar as festas, o pique-nique, os passeios nas férias, os shoppings, as tardes na minha casa, as fofocas, o encontro literário que eu fingi que ainda estudava no padre moye... Elas com certeza são companheiras pra quando eu preciso. Para os passeios até a paulista, ou para os shows.
Nos melhores dias do meu ano, a Vick estava comigo. No meu aniversário de quinze anos, que apesar de ficar com sonhos da festa perfeita, eu tenho certeza que fiz a escolha certa quanto aos presentes. E ela estava lá no show do McFLY, quando eu achei que não teria ninguém do meu lado. A Vick estava lá pra me apoiar quando eu precisei, enquanto eu tinha crises de choro durante o show, enquanto eu ouvia o Danny cantar, enquanto a gente procurava pessoas na fila, enquanto a gente passava sede, enquanto eu vivia o melhor dia da minha vida, enquanto eu ouvia minha banda preferida tocar, enquanto eu passava mais de dez horas numa fila... ela sempre estava lá quando eu precisava dela nesse ano.
Há dois meses, apareceu a Biatch. Minha beasta que apareceu pra completar meu time de melhores amigos. Sou sortuda por ter os melhores amigos do mundo, as melhores companhias tanto para os momentos felizes, quanto para os tristes. E apesar de amigos como a Bia e o Bruno estarem mais longe do que eu queria, eles são igualmente amados e especial na minha vida. Estavam bem aqui quando eu precisei deles pra fazer meu 2008 ser um ano mara.
Por incrível que pareça, não me recordo de maus momentos do ano. E é bom mesmo assim, quando a gente só guarda boas recordações do tempo que se foi. Faltam poucas horas para nós darmos adeus a 2008 e festejar para um feliz 2009!
bgsninguemvailer.

Um comentário:

bê. disse...

apareci, completei e sei que isso é só o início.
é incrível como tudo aconteceu tão rápido e tão foda entre a gente, may.
eu jamais vou esquecer você, may.
eu te amo (L)